Mãe do assassino do ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe integra seita que teria motivado ataque.

A mãe do homem acusado do assassinato de Abe, membro da Igreja da Unificação, também conhecida como Seita Moon, confirmou na segunda-feira que o suspeito estava tentado vingar-se com o ataque ao ex-primeiro-ministro do Japão.

A polícia japonesa disse na sexta-feira que Tetsuya Yamagami, 41, estava “bravo com uma determinada organização” e decidiu matar Abe porque ele acreditava que o ex-primeiro-ministro tinha vínculo com ela.

 A mídia japonesa mencionou uma organização religiosa sem nomeá-la e afirmou Yamagami estava com raiva porque a organização recebeu uma importante doação de sua mãe, o que colocou a família em grandes dificuldades financeiras.

“A mãe do suspeito Tetsuya Yamagami é membro de nossa organização e tem participado de nossos eventos uma vez por mês”, declarou Tomihiro Tanaka, presidente da Igreja da Unificação no Japão, em uma breve entrevista coletiva em Tóquio.

 Tanaka não deu detalhes da doação da mãe do réu, alegando que uma investigação policial está em curso e com a qual organização deseja “cooperar”.

Tanaka disse que a igreja ficou chocada com o assassinato “bárbaro” e que Abe “nunca” se tornou membro ou conselheiro.

A Igreja da Unificação foi fundada em 1954 na Coreia do Sul por Sun Myung Moon (1920-2012). Está presente principalmente neste país, nos Estados Unidos e no Japão.

Oficialmente chamada Associação das Famílias para a Unificação e a Paz Mundial, os ensinamentos da seita são baseados na Bíblia, mas com novas interpretaçõe.